Última grande festa comemorativa antes do Natal, o Dia das Crianças não deve passar despercebido. Com o comércio aquecido para o Dia das Crianças, 73% dos consumidores devem ir às compras este ano.
É o que revela pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em todas as capitais. No ano passado, 66% compraram presentes na data. Para 2019, a expectativa é de que o varejo movimente aproximadamente R$ 10,3 bilhões.
Apesar dos números expressivos, o levantamento aponta que a maioria dos entrevistados pretende tomar cuidado com as despesas. Entre os presentados estão filhos (48%), sobrinhos (38%), afilhados (18%) e netos (15%).
Além disso, um terço dos entrevistados (33%) planeja adquirir dois presentes, enquanto 25% somente um. No geral, os consumidores vão adquirir cerca de dois presentes. Entre os produtos mais procurados no Dia das Crianças estão as bonecas e os bonecos (45%), as roupas e os calçados (33%), os jogos de tabuleiro (26%), além dos carrinhos e aviões de brinquedo (18%).
“Os dados de intenção de compra servem de termômetro para o fim de ano, ao trazer as primeiras impressões do que deve acontecer no Natal, principalmente em um momento em que muitos brasileiros estão sentindo os efeitos de um mercado de trabalho retraído e de uma economia que tem demorado a engrenar”, analisa o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.
CONSUMO EQUILIBRADO
Embora medidas recentes, como a liberação de recursos do FGTS, estimulem positivamente o comércio nos próximos meses, caso do comércio aquecido para o Dia das Crianças, a pesquisa indica que a maior parte dos entrevistados (39%) espera gastar a mesma quantia em relação ao ano passado. Outros 24% vão gastar menos e 21% têm intenção de desembolsar mais.
A principal razão para que haja um freio no consumo daqueles que pretendem gastar menos este ano deve-se ao orçamento apertado (33%), enquanto 28% desejam economizar, 15% têm intenção de pagar dívidas em atraso e 13% se veem impossibilitados de comprar por estarem desempregados.
Considerando as formas de pagamento mais utilizadas, 78% pretendem pagar à vista, especialmente em dinheiro (53%), e no cartão de débito (26%). Ao mesmo tempo, 36% devem optar pelo parcelamento, sobretudo no cartão de crédito (32%). Desses, a média estimada ficará entre três e quatro prestações — ou seja, quem preferir dividir as compras acabará pagando pelos presentes, pelo menos, até janeiro de 2020.
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