Coletiva tem área econômica como tema central

Estuda-se a implementação de ações junto aos setores mais impactados pela perda de receita e demissões

O comerciante que não se adaptou ao e-commerce e ao televendas, por exemplo, vem sofrendo ainda mais perdas

O comerciante que não se adaptou ao e-commerce e ao televendas, por exemplo, vem sofrendo ainda mais perdas

Até o dia 31 de maio, a  quarentena no Estado de São Paulo segue com o seu modelo atual. Mas a medida que os dias passam vai ficando cada vez mais difícil controlar os prejuízos. Isso tanto pelo empregador como pelo empregado. As contas estão chegando para todos e não há receita suficiente, em ambas as partes, para quitar todos os débitos, pagar funcionários e fornecedores.

De acordo com João Doria, o governo está sim preocupado com a área econômica e vem realizando ações através de diálogos com os representantes de vários setores para buscar caminhos que possam amenizar o impacto negativo causado pela pandemia.

E, neste sentido, considerou uma possível flexibilização da quarentena com o retorno de alguns setores através da implementação gradual do  Plano São Paulo, caso o índice de isolamento social supere os 55% e a ocupação de leitos nos hospitais se mantenha dentro de um limite adequado para o atendimento das pessoas.

OS MAIS PREJUDICADOS 

Com uma coletiva bastante dedicada à área econômica e o que vem sendo feito para priorizar os setores mais impactados pela pandemia, o governo expressou preocupação com a perda de empregos formais e informações. Pelo menos 15 setores estão sendo avaliados como sendo os mais críticos e estão recebendo uma maior atenção para uma possível retomada mais rápida.

Serviços domésticos, setores como os de eventos e economia criativa, estão entre os mais afetados. Segundo Ana Carla Abrão, do Conselho Econômico criado pelo governo estadual, os diálogos com os representantes destes e de outros setores estão acontecendo com frequência.

“Queremos buscar em conjunto de ações para minimizar os impactos e criar alternativas para que determinados setores possam retomar com segurança as suas atividades.  Estamos sim de olho na grande quantidade de desempregados e como isso vem impactando de forma significa inúmeras famílias, principalmente as mais vulneráveis”, pontuou Ana Carla.

E para ajudar os mais impactados com a perda de renda e a falta de alimentos em casa, o governo estará doando dez mil cestas básicas verdes, com frutas, verduras e legumes a aldeias indígenas e comunidades carentes. Elas estão sendo adquiridas de cooperativas e associações através do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza.

Outra ação divulgada é a distribuição de 8 mil botijões de gás às famílias de comunidades do Jardim Pantanal, na Zona Leste. A mesma empresa também está distribuindo gás aos hospitais de campanha de São Paulo.

“Estamos avaliando as ações para o retorno gradativo da retomada da economia de forma consciente e segura. Temos  vários grupos de trabalhos. Mas para haver a flexibilização da quarentena e a retomada gradual dos serviços, o índice de isolamento social deve estar acima dos 55%. Assim como termos uma estatística positiva da ocupação dos leitos hospitalares e do comportamento da pandemia em cada localidade do Estado”, observou Doria.

Ainda de acordo com o governo, 80 setores continuam na ativa desde o início da quarentena. Entre eles, agronegócio, abastecimento, alimentação, comunicação, construção civil, hotelaria, transportes, serviços domésticos, oficinas, entre outros.

 

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