Psicólogo orienta sobre volta às aulas presenciais

O avanço da vacinação contra a Covid-19 no Brasil levou centenas de cidades a retomarem gradativamente as aulas presenciais. Mas, apesar da Unicef, Unesco e Opas lançarem um manifesto pedindo urgência nos esforços para a reabertura segura das escolas no País, muitos pais ainda têm dúvidas se devem ou não enviar os jovens às escolas.
“A saúde dos filhos é uma das maiores preocupações dos pais e, durante a pandemia, é natural que essa preocupação fique exacerbada. Sabemos que o momento é complicado, mas não podemos deixar o medo nos dominar”, resume o psicólogo especialista em Crises e Emergências, Alexandre Garrett.
Garrett afirma que os pais têm que avaliar não só a situação da pandemia e da vacinação no município, mas também a saúde mental da criança ou adolescente.
“Retirar o jovem do convívio escolar e do convívio com os amigos há tanto tempo pode provocar um efeito devastador na saúde mental. E isso deve ser levado em consideração antes de optar ou não pelo retorno”, afirma.
Segundo dados da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), a depressão é uma das principais causas de doença e incapacidade entre adolescentes, e o suicídio, a terceira principal causa de morte.
“Um estudo da USP mostrou que no Brasil uma em cada quatro crianças e adolescentes apresentou ansiedade e depressão durante a pandemia. É um dado preocupante e que merece atenção dos pais, escola e da sociedade”, afirma o psicólogo.

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