Para compreender as formas de acolher e subsidiar o aprimoramento de políticas públicas na perspectiva da Educação em Direitos Humanos, a Secretaria Municipal de Educação (SME) de São Paulo, por meio da Divisão de Gestão Democrática e Programas Intersecretariais (DIGP/COCEU), em parceria com o Instituto Vladimir Herzog, está desenvolvendo o projeto piloto que tem como finalidade formular propostas de como trabalhar a questão dos diversos sofrimentos dos estudantes na perspectiva educacional. A ação ocorre no território da Diretoria Regional de Educação (DRE) Guaianases.
Assim, na busca por compreender como as questões sociais afetam as pessoas, foi constituído um Grupo de Trabalho (GT) composto pelas equipes gestoras e membros das Comissões de Mediação de Conflitos das 10 escolas participantes, para que todos se entendam como parte importante do processo com vistas a criar estratégias para minimizar os efeitos dos sofrimentos sociais. Nesta quinta-feira (18) o encontro aconteceu na EMEF Vladimir Herzog, DRE Guaianases, e as equipes tiveram como objetivo principal mapear uma situação que consideram emblemática sobre quais conflitos entendem que estão ocasionando o sofrimento nos estudantes.
Entenda como
acontece o projeto
A ação acontece de forma colaborativa com os membros das Comissões de Mediação de Conflitos da DRE, representados pela Divisão dos Centros Educacionais Unificados e da Educação Integral (DICEU), Núcleo de Apoio e Acompanhamento para a Aprendizagem (NAAPA), Supervisão Escolar e serviços do território.
Na primeira etapa, através de grupos de trabalho instituídos, acontecem momentos de estudos, planejamento e interação com o grupo gestor e membros das Comissões de Mediação de Conflitos de 10 Unidades Educacionais. Na etapa final, o objetivo é desenvolver a ação com 146 Unidades Educacionais.
O projeto realizado, de forma gradual e colaborativa, tem como proposta compreender, a partir das realidades, experiências e vivências locais, a produção social dos diversos sofrimentos, na perspectiva educacional, no contexto escolar, tornando estudantes e educadores como sujeitos centrais desta construção.
Etapas do projeto
O projeto acontece em três etapas, sendo que nas duas iniciais, há o desenvolvimento de um processo de escuta acerca da problemática em questão e que possibilita a produção de insumos para o direcionamento de ações mais potentes na efetivação da sua finalidade.
Por que o projeto piloto em Guaianases?
O projeto nasceu de uma demanda do território de Guaianases a partir da constatação dos sofrimentos das crianças e adolescentes, estudantes da RME, advindos de diversas violências sociais.
Diante disso, surge a necessidade de compreender formas de acolher os estudantes e subsidiar os educadores e comunidade escolar e, ainda, ressaltar o papel da escola no que diz respeito à sua atuação na Rede de Proteção Social.
Além disso, tem como intuito contribuir para a ação preventiva e o olhar cuidadoso para realizar encaminhamentos e diálogos com os diversos serviços no território.
O trabalho coletivo, por meio da atuação em rede, fortalece o convívio escolar pautado na ética e no respeito, conforme previsto na Matriz dos Saberes constante no Currículo da Cidade e nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030.
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