A Secretaria Municipal de Cultura (SMC) inaugurou o Estúdio Nego Dito, no Centro Cultural Penha (CCP). A iniciativa é uma expansão do antigo Estúdio Itamar Assumpção, que disponibiliza o local apenas para o ensaio de bandas e artistas. Agora, o local traz um ambiente equipado e montado com uma equipe técnica para auxiliar novos artistas com seus trabalhos. O nome do novo espaço homenageia a uma das músicas do cantor, compositor e instrumentista Itamar Assumpção, que residiu no bairro da Penha por grande parte de sua vida.
Como uma ação de incentivo à cultura e de potencializar a criatividade e produção artística da periferia, o Estúdio Nego Dito oferece gratuitamente equipamentos profissionais para ensaios e gravações para bandas e artistas e disponibiliza a mídia pronta em MP3 para execução nas plataformas digitais. Assim, cria e expande as oportunidades para novos músicos apresentarem e aperfeiçoarem seu trabalho.
Além disso, o estúdio também oferece acompanhamento de uma equipe técnica do centro cultural, focado no atendimento de músicos jovens, com carreira profissional iniciante, e pertencentes ao território – contudo, o acesso é aberto para todo e qualquer perfil interessado. O técnico de som profissional proporciona aos músicos iniciantes condições para um resultado avançado e, após finalizada a gravação, a faixa é mixada, masterizada e entregue ao artista. Para valorizar o trabalho dos artistas iniciantes, os resultados irão compor o acervo da SMC, de caráter público e de livre circulação.
Bandas e artistas interessados em usufruir do espaço podem se inscrever preenchendo um formulário disponibilizado nas redes sociais do Centro Cultural Penha (CCP). O Estúdio Nego Dito ficará disponível para os artistas de terça a sábado, das 14 às 21h45.
HISTÓRIA
O CCP é um espaço público e cultural composto pela Biblioteca José Paulo Paes, Teatro Martins Penna, Espaço Cultural Mário Zan e Fab Lab. O centro cultural existe, após sua construção em uma área da família Conde Prates, por conta da movimentação da Ação Comunitária da Penha entre os anos de 1967 e 1969. Na época, os moradores se reuniram e recolheram por volta de cem mil assinaturas em um abaixo assinado em prol da criação de uma biblioteca no bairro. A princípio, a construção abrigou duas bibliotecas: a Guilherme de Almeida, para público adulto, e a Sra. Leandro Dupré, infanto-juvenil. Entre os anos 1990 e 1993 o prédio estava fechado por conta de reformas e para que fosse reaberto, mais uma vez contou com a ajuda da comunidade.
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