Nos transportes públicos, como o Metrô e os trens da CPTM, é comum encontrarmos vendedores ambulantes que oferecem os mais diversos produtos. Eles utilizam estratégias de marketing variadas, desde rimas e gritos chamativos até bom humor e até mesmo cantoria, tudo com o objetivo de atrair a clientela. No entanto, essa atividade é considerada irregular pela Secretaria de Transportes, o que levanta a questão: por que não é encontrada uma forma de regularizar esse serviço?
Essa prática de comércio ambulante nos transportes públicos é consolidada e se tornou uma forma de sobrevivência para muitas pessoas que enfrentam dificuldades financeiras. No entanto, as autoridades responsáveis pelos sistemas de transporte parecem não ter uma solução adequada para lidar com essa questão. A falta de alternativas para os vendedores ambulantes resulta em confiscos de mercadorias e ações de segurança privada que acabam afetando também os passageiros.
Seria válido que o Estado ou as empresas privadas buscassem regulamentar o comércio ambulante nos transportes públicos, oferecendo espaços específicos e horários definidos para a venda de produtos. Além disso, os vendedores poderiam estar devidamente uniformizados e identificados com crachás, trazendo mais organização e segurança para essa atividade. Atualmente, quando os ambulantes são retirados dos vagões, a situação se repete pouco tempo depois, gerando um ciclo contínuo de venda e remoção.
É importante ressaltar que a quantidade de produtos oferecidos aos usuários dos transportes só aumenta, chegando até mesmo às plataformas internas das estações. Essa concorrência desordenada e a falta de planejamento evidenciam a necessidade de encontrar uma solução efetiva para essa questão. A abordagem punitiva, sem um entendimento real sobre os empreendedores por trás dessas atividades, não trará resultados significativos.
Enquanto essa situação persistir, tanto o Estado quanto as empresas de transporte continuarão gastando recursos com segurança e fiscalização, porém sem obter resultados concretos. Seria válido explorar alternativas viáveis que ofereçam oportunidades para os ambulantes, considerando que muitos deles não têm recursos para alugar espaços comerciais convencionais. É necessário um planejamento cuidadoso e uma abordagem que busque equilibrar as necessidades dos vendedores ambulantes, dos passageiros e da ordem pública.
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