A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) e da São Paulo Urbanismo, concluiu, no mês de agosto, a série de seis oficinas presenciais para apresentar e debater com a população o Projeto de Intervenção Urbana (PIU) Arco Leste. Apesar do fim dos encontros, o munícipe ainda pode contribuir para o plano urbanístico, de forma online ou na praça de atendimento subprefeitura mais próxima, até o dia 8 de setembro.
As oficinas foram realizadas entre 16 e 30 de agosto, no território das subprefeituras de São Miguel Paulista, Itaim Paulista, Penha, Ermelino Matarazzo, Vila Guilherme/Vila Maria e Mooca. Ao todo, 324 pessoas participaram com 1.448 contribuições entregues.
Nesses encontros, os moradores puderam sinalizar ao município as propostas que gostariam de ver priorizadas pelo PIU Arco Leste para qualificar a região do ponto de vista de habitação, mobilidade, rede de equipamentos públicos, meio ambiente e drenagem, entre outros. O principal objetivo do plano urbanístico é ampliar a geração de emprego e renda na região.
A munícipe Nicolly Pinheiro Mesquita esteve presente na oficina promovida pela Subprefeitura Itaim Paulista. Ela destacou a importância do processo de escuta à população para o desenvolvimento do plano urbanístico.
“Falar dos problemas dos bairros onde moramos é fundamental para desenvolver um bom projeto. Especificamente sobre o Itaim Paulista, a principal questão é a mobilidade. As pessoas vão ao centro e perdem 2 a 3 horas no transporte público. A criação de novos centros e polos econômicos para que haja mais empregos na região é fundamental para que as pessoas não precisem se deslocar em massa à região central”, declarou.
MAPA
Todas as oficinas tiveram uma apresentação sobre o plano urbanístico realizada pela equipe técnica da SP Urbanismo responsável pela elaboração do PIU. Em seguida, os cidadãos foram convidados a apontar, em um mapa, as intervenções que consideravam prioritárias para sua região.
“A participação da população traz mais evidência para a problemática do nosso bairro. Precisamos de mais políticas públicas, como praças públicas, equipamentos de esporte para juventude e mais apoio para organizações da sociedade civil”, afirmou Carmelino Luiz Vicente (Luiz Don Diego), na oficina de Ermelino Matarazzo.
A munícipe Thaís Ferreira Costa, que participou da oficina na Subprefeitura Mooca, também deixou a sua contribuição.
“A implementação de habitação de interesse social, política de saneamento básico e macrodrenagem e qualificação das nossas áreas verdes são intervenções necessárias. Temos que nos apropriar sobre o que, de fato, é importante para a cidade e trazer aqui as nossas contribuições”, destacou.
O QUE É O PIU ARCO LESTE?
O PIU Arco Leste é um estudo em elaboração pela Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) e a São Paulo Urbanismo. Seu objetivo é identificar dinâmicas que levem ao desenvolvimento de novas centralidades e, com isso, implementar melhorias em habitação, mobilidade, desenvolvimento econômico e meio ambiente, entre outras áreas, para 11 distritos da Zona Leste. São eles: Belém, Tatuapé, Vila Maria, Penha, Ponte Rasa, Cangaíba, Ermelino Matarazzo, Vila Jacuí, São Miguel, Vila Curuçá e Itaim Paulista.
O Plano está em sua segunda fase de desenvolvimento. Nesta etapa, a Prefeitura apresentou à população as intervenções em andamento ou programadas para a região. A lista de ações propostas decorre dos Planos de Ação das Subprefeituras e/ou do planejamento das secretarias e órgãos municipais envolvidos. O objetivo da etapa foi ouvir os munícipes sobre essas propostas e identificar outras soluções para qualificar esse território.
Após consolidar todas as contribuições recebidas, a Prefeitura vai elaborar Planos de Ação Integrada que qualifiquem essa região tão relevante para a cidade, tendo como prioridade as seguintes diretrizes:
- Redução da precariedade habitacional.
- Ampliação do acesso da população à rede de serviços públicos.
- Equilíbrio entre empregos e moradias.
- Fortalecimento e expansão de novas centralidades locais nas áreas mais povoadas e menos providas de ofertas de trabalho.
- Incentivo a modos de transporte não motorizados (pedestres e cliclistas) e associados ao transporte coletivo
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