Respire fundo, 2023 está quase chegando ao fim. A reta final traz consigo uma ambiguidade de sensações: um anseio e uma nostalgia pelo que já findou e pelo que ainda há por vir.
Todos os meses de dezembro são marcados pela retrospectiva dos principais acontecimentos do ano em nossas telinhas de televisão. Este, por certo, será lembrado pela presença marcante de muitas catástrofes climáticas e ambientais: chuvas intensas, alagamentos, frios intensos, furacões e muitas secas, entre outros eventos.
O ano de dois mil e vinte e três foi considerado o mais quente em 174 anos, conforme relatório da Organização Meteorológica Mundial. Não sei como foi para vocês, mas eu senti na pele essa emoção.
Estamos vivendo uma era geológica caracterizada pelo impacto do homem na Terra. Alteramos a química da atmosfera, poluímos rios e oceanos, reduzimos a disponibilidade de água potável e promovemos a extinção em massa das espécies.
Sei que a pergunta é clichê, mas o que temos a ver com isso? Todas as questões citadas acima estão diretamente ligadas ao nosso modo de vida, ao excesso de lixo e ao consumo exacerbado e indiscriminado dos recursos naturais.
Que tal aproveitarmos este momento de reflexão do ano para repensarmos nossa relação com o planeta? Que tal pensarmos em presentear nossos filhos com mais momentos especiais, como um passeio no parque, preparar uma comida diferente ou conhecer um lugar novo, por exemplo, em vez de bens materiais que certamente se tornarão resíduos em breve?
Vamos repensar nosso consumo. Será que o que compramos é realmente essencial? Será que realmente preciso de uma roupa nova? Que tal experimentar um brechó?
Que tal sermos sustentáveis em nossas relações e demonstrarmos empatia e solidariedade com nossos pares?
2024 começa com uma folha em branco. Que tal brindarmos ao início de uma nova relação com essa Terra que habitamos?
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