No dia 21 de novembro, o Metrô deu início à operação da tuneladora Shield, conhecida como tatuzão, nas obras de expansão da Linha 2-Verde. A máquina está sendo usada para abrir o novo trecho de 8,4 km entre a Vila Prudente e a Penha, cruzando a Zona Leste em oito futuras estações.
Mas nem todos estão contentes. Desde que os trabalhos da extensão da Linha 2-Verde tiveram início, moradores, principalmente os que estão próximos ao Córrego Rapadura, seguem com as queixas de problemas em suas residências. Entre eles, as rachaduras, que estão tirando o sossego da vizinhança.
A reportagem do Desenvolve entrou em contato com a assessoria de imprensa do Metrô para saber o que está sendo feito para sanar os problemas apontados. Confira a resposta.
“Todos os imóveis do entorno das obras da Linha 2-Verde são monitorados com vistorias e equipamentos de medições de movimentações e fissuras. As análises já feitas nos imóveis das regiões da Vila Formosa e Rapadura não demonstram danos estruturais, mas com o menor sinal de alguma movimentação que comprometa a estrutura, as medidas de segurança são adotadas imediatamente com os reparos e, quando necessário, a remoção das famílias para hotéis custeados pelo Metrô ou pagamento integral de aluguel. Os demais reparos são providenciados pelo Metrô em etapas, de acordo com o estágio da obra. Além de informar os moradores de todas as etapas, o Metrô mantém centrais de relacionamento exclusivas para atendimento aos imóveis dos entornos das obras”, explicou a nota encaminhada.
ETAPAS DO TATUZÃO
O primeiro trecho de escavação vai do Complexo Rapadura, na Vila Formosa, até o poço Falchi Gianini, que fica entre as estações Vila Prudente (já em operação) e Orfanato. Após a conclusão do serviço, a tuneladora será desmontada para remontagem no canteiro de obras da estação Penha, para escavar o trecho no sentido do Complexo Rapadura.
Crédito: Acervo Metrô-SP
“O tatuzão tem capacidade para escavar e revestir até 15 metros por dia, por meio de sua roda de corte de 11,66 metros de diâmetro. Até 150 profissionais como engenheiros, mecânicos, técnicos, eletricistas trabalham diretamente na operação do equipamento, que ocorre em três turnos diários.”
Batizada de “Cora Coralina”, a tuneladora pesa 500 toneladas e é usada tanto para escavar como para revestir os túneis com anéis de concreto. Com 100 metros de extensão, o equipamento é o maior da América Latina e conta com esteiras para retirada de terra, câmara hiperbárica, sistema de ventilação e mecanismo para a colocação das aduelas de concreto nos túneis.
Crédito: Acervo Metrô-SP
Toda a produção das aduelas usadas pela tuneladora vem de uma fábrica montada pelo Metrô no Pátio Itaquera. A operação foi iniciada em setembro de 2023 e sua capacidade é para entregar até 56 segmentos de anéis por dia. Ao todo serão fabricados 29.414 segmentos para compor os 4,2 mil círculos completos de anéis necessários para revestir a extensão total do novo trecho da Linha 2-Verde.
REDESTRIBUIÇÃO DO FLUXO
Ainda de acordo com o Metrô, após a conclusão das obras a Linha 2-Verde vai proporcionar a redução no tempo de deslocamento da população da Zona Leste e a redistribuição do fluxo de passageiros em toda a rede de transporte público sobre trilhos de São Paulo.
A ampliação vai tornar a Linha 2-Verde o maior ramal de metrô de São Paulo, com 23 km de extensão. A construção prevê um novo trecho de 8,4 km (sendo 8 operacionais) e oito novas estações: Orfanato, Santa Clara, Anália Franco, Vila Formosa, Santa Isabel, Guilherme Giorgi, Aricanduva e Penha. A expansão do ramal vai beneficiar 1,2 milhão de pessoas.
Crédito: Acervo Metrô-SP
Crédito: Acervo Metrô-SP
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