O varejo é um segmento altamente dependente de pessoas: colaboradores, fornecedores ou clientes. Ocorre que o mundo vive um momento de transformações no comportamento da sociedade, especialmente causado pelo impacto da tecnologia na nossa rotina.
Diante deste cenário, a tecnologia e suas ferramentas estão realizando tarefas operacionais que, até pouco tempo, eram executadas por pessoas. E, fato: as empresas do varejo vêm sofrendo para compreender e se adaptar a este novo momento.
Em janeiro deste ano, participei da National Retail Federation – NRF BIG SHOW 2024 – maior congresso de varejo do mundo – que ocorre há mais de 100 anos em Nova York, nos EUA.
Na maioria das palestras, o tema sobre gestão de pessoas se repetia. Praticamente todos os painelistas destacavam a importância dos líderes do varejo compreenderem a necessidade das empresas de adaptação a este novo tempo.
A geração Z (nascidos entre 1997 e 2010), e a geração A ou Alpha (nascidos a partir de 2010), são muito versáteis, criativos e gostam de liberdade. Os smartphones e a Internet trazem a eles um perfil de independência.
Entretanto, grande parte desses jovens têm dificuldades para lidar com a disciplina e a hierarquia, além de demonstrarem pouco interesse em construir uma carreira em uma empresa ou deixar um legado.
As empresas, principalmente as pequenas lojas da periferia, devem ter atenção ao momento. É preciso implementar um processo assertivo para recrutar, selecionar, acolher, treinar, motivar, manter e reter estes talentos.
O empreendedor, especialmente o lojista periférico, sabe dos desafios de ter uma equipe comprometida e engajada. Mas no final das contas, cabe somente a nós despertar nas novas gerações o quanto o varejo é um caminho de oportunidades para se construir uma carreira.
Por mais que os avanços tecnológicos avancem, o varejo sempre será feito por pessoas que gostam de pessoas.
Atrás de um CNPJ sempre existirá um ou mais CPFs. Não podemos esquecer: as pessoas são fundamentais para o varejo.
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