Detalhes que só a Mooca tem

No dia 17 de agosto, bairro comemorou seus 468 anos

Exposição revela detalhes da Mooca

Exposição revela detalhes da Mooca

Muito da rica arquitetura do passado segue preservado na Mooca. Nas ruas que ainda têm casas, se você prestar atenção, vai notar algum ou outro detalhe que remete ao passado.
Tanto que, em agosto de 2023, a mostra fotográfica “Detalhes Despercebidos, Bresser-Mooca” foi inaugurada na estação de Metrô em comemoração aos 43 anos da estação.
Por meio de fotografias, o arquiteto, urbanista e fotógrafo, André Gomes, apresentou imagens detalhadas de fachadas, adornos e ornamentos arquitetônicos do início do século XX, presentes em construções que resistiram às transformações.
A ideia dos registros foi extrair e compilar a singularidade e a beleza de ambos os lados da estação. Na Mooca, ele garimpou residências e vilas de casas.

Segundo o autor, essa variedade de tipos e estilos de edificações teve origem com o início do desenvolvimento econômico do bairro, a partir da instalação da ferrovia e, posteriormente, das indústrias que utilizavam mão-de-obra de imigrantes de várias nacionalidades e se instalaram às suas margens.
Para Gomes, a pluralidade empregada na arquitetura de toda a região se explica pela diversidade de imigrantes que construíram suas casas nos arredores.
Ao longo dos anos, a região foi sendo loteada e passou a receber vendas e pequenas fábricas que, ao longo da história, constituíram um dos principais polos industriais do século XX.
HISTÓRIA QUE RESISTE AO TEMPO
A região começou a se tornar mais fortemente explorada com o desenvolvimento do centro da cidade. O primeiro marco histórico, segundo a Prefeitura,  consta de 17 de agosto de 1556.
Na época, o local era povoado por indígenas. Eles que deram o nome Mooca, que significa “faz casa”, em alusão às primeiras casas que os “brancos” levantaram.
Entre os atrativos que caracterizavam o bairro estava a presença de um “rio de muitas voltas”: o Tamanduateí.

HERANÇAS DO PASSADO
No primeiro século pós-império a região que abrangia a Mooca era repleta de grandes casas e chácaras. Entre seus ilustres moradores, destaque para Regente Feijó. Só que, depois de uma reconfiguração geográfica, as terras passaram a fazer parte do que hoje chama-se Anália Franco.
Ao longo dos anos, a região foi sendo loteada e passou a receber vendas e pequenas fábricas que, ao longo da história, constituíram um dos principais polos industriais do século XX.
Da cultura indígena restaram os nomes das ruas Javari, Taquari, Cassandoca, Itaqueri, Ariboia, Guaimbé, Tabajaras, Camé, Iucatan, Piratininga, Puris e Juatindiba.
Com o forte potencial econômico, a Mooca abrigou equipamentos importantes. Caso do Jockey Clube São Paulo, que recebia grandes prêmios.
Outra relíquia é o estádio de futebol do Clube Juventus, que recebe o nome de seu fundador, o Conde Rodolfo Crespi. Localizado na Rua Javari, muitas são as partidas realizadas em seu gramado.

CENTENÁRIOS
A Mooca ainda guarda enormes galpões que resistem ao tempo, assim como algumas fábricas e indústrias.
Entre eles, estão a Lorenzetti, que continua com suas atividades no bairro e acaba de completar 100 anos; assim como o Clube Atlético Juventus, que também festeja em 2024 o seu centenário.
Sair da versão mobile