O suicídio é um fenômeno complexo de causas variadas que afeta pessoas de diferentes origens, classes sociais, idades, orientações sexuais e identidade de gênero, geralmente em situação de vulnerabilidade, pelo enfraquecimento dos vínculos afetivos reais, perdas importantes, vítimas de bullying e de assédio moral, sexual e afins.
Não há um protocolo para detectar seguramente quando uma pessoa está vivenciando uma crise, mas há sinais sutis ou marcantes sobre mudança de comportamento, desejo de morte, visão negativa da vida, manifestações verbais que merecem atenção e cuidado.
O reconhecimento desses sinais de alerta é o primeiro e mais importante passo para buscar ou oferecer ajuda, e quase sempre é notado por pessoas próximas, do convívio familiar e/ou do grupo de amigos.
É muito importante ter alguém de confiança para conversar, acolher, se fazer presente no momento de perigo, como também auxiliar para a utilização dos serviços de suporte e acompanhar todo o processo de tratamento, o tempo que for necessário.
Atualmente no Brasil esses serviços de suporte são fornecidos através de uma rede de apoio distribuída entre:
• CAPS e Unidades Básicas de Saúde (Saúde da Família, Postos e Centros de Saúde).
• UPA 24H, SAMU 192, Pronto Socorro; Hospitais.
• Centro de Valorização da Vida (CVV) – 188 (ligação gratuita).
Apesar da complexidade das causas determinantes do suicídio e o aumento considerável dos casos, muitas dessas mortes podem ser prevenidas, visto que, para se chegar até a morte, são cometidas de duas a três tentativas de suicídio. Ou seja, um olhar cuidadoso e ações precisas com o envolvimento dos serviços de suporte, nessas situações, evitariam algumas tragédias.
Ainda numa perspectiva de diminuir os índices de tentativas e os suicídios, considerando todo o contexto, há uma necessidade de novas políticas públicas, grande conscientização sobre a seriedade dos fatos, bem como a prevalência do respeito ao ser humano em detrimento ao preconceito, discriminação e hostilidade.
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