A tecnologia está cada vez mais inserida no nosso dia a dia e, neste sentido, a Inteligência Artificial (IA) veio pra ficar. O maior congresso de varejo global, o NRF – National Retail Federation – realizado anualmente no mês de janeiro, em Nova York, confirmou a sua importância e deu destaque ao tema.
Junto ao grupo do Centro de Excelência em Varejo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), instituição na qual sou professor, ouvi de CEOs de grandes players como Walmart, Tommy Hilfiger, Best Buy, Lego, entre muitos outros, insights valiosos.
O varejo é o principal intérprete do comportamento social. Quando ele muda, temos que nos adaptar. Outro ponto é que as operações devem ser fluidas, ou seja, os processos de gestão precisam estar muito bem desenhados.
Hoje é possível, por exemplo, fazer a previsão da demanda e estoque através da IA. Assistentes de vendas virtuais e “gêmeos digitais” – lojas duplicadas virtualmente e atualizadas várias vezes ao dia – simulam diferentes layouts tornando ágeis as operações.
Até mesmo tomadas rápidas de decisões, como ajustes de pedidos com base em previsões meteorológicas, estão sendo feitas através da Inteligência Artificial.
No setor de alimentos, a tecnologia tem contribuído para criar lojas sem caixas e com conceitos híbridos, que combinam varejo físico e digital, e no aprimoramento dos serviços de entregas e retiradas.
A ferramenta também entende as mudanças nas preferências dos consumidores, os avanços no setor e as preocupações ambientais.
Estas são algumas das mudanças do chamado varejo moderno, que personaliza a experiência do cliente através dos dados da IA e se estende a modelos de chats para auxiliar as equipes nas lojas.
Dúvidas técnicas todos nós temos, e o olhar humano deve ser o pilar principal das operações para que as métricas que a Inteligência Artificial oferece sejam aplicadas corretamente.
Uma IA bem desenhada depende de pessoas, ou seja, profissionais habilitados para obter as melhores estratégias através dos dados oferecidos, criando funcionalidades e experiências sem atritos.
Para concluir este primeiro artigo, vale lembrar que o varejista também precisa estar conectado com as novas gerações. Elas são informadas, informatizadas e criativas como consumidores e colaboradores. Valorizam as estratégias de engajamentos e vão atrás do que está no digital.
Na próxima edição tem mais. Até.
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