Liderança empática, cultura organizacional e propósito: os três pilares do varejo contemporâneo

Por Marcelo Doria – Especialista em Varejo Popular e Professor Convidado da FGV

Marcelo Dória, especialista em vendas no varejo

Nos últimos anos, o varejo brasileiro passou por uma transformação significativa, impulsionada por avanços tecnológicos e mudanças de comportamento do consumidor. No entanto, mesmo diante dessa evolução, um princípio segue inabalável: o varejo é feito por pessoas e para pessoas.

Por isso, liderança empática, cultura organizacional sólida e propósito verdadeiro têm se revelado os pilares fundamentais para a sustentabilidade e o crescimento de negócios — especialmente no varejo popular, onde o contato humano é cotidiano e essencial.

Comportamento empático x comportamento egocêntrico

No ambiente empresarial, especialmente no varejo, o comportamento dos líderes tem impacto direto na motivação e no desempenho das equipes. A empatia, quando aplicada na gestão, fortalece vínculos, gera confiança e melhora a comunicação. Já o egocentrismo cria distanciamento, desengajamento e conflitos internos.

“Uma liderança empática motiva, engaja e cria vínculos duradouros; a egocêntrica, ao contrário, desgasta e afasta”, afirma Marcelo Doria.

Cultura organizacional: o DNA do negócio

Muito além dos discursos institucionais, a cultura de uma empresa se constrói no dia a dia, por meio de ações concretas. É a soma de valores, práticas e comportamentos compartilhados. No varejo, onde os desafios são constantes, uma cultura organizacional sólida é o que sustenta o negócio em tempos difíceis e potencializa os resultados em tempos prósperos.

Propósito: o diferencial invisível

Lucro é necessário, mas é o propósito que faz uma empresa permanecer relevante no longo prazo. Ter clareza sobre a razão de existir — além de vender — inspira colaboradores, fideliza clientes e transforma a marca em referência.

“Desde a primeira loja do Depósito da Lingerie, em São Mateus, sempre acreditei que nosso propósito era mais do que vender produtos íntimos: era gerar emprego, criar oportunidades e atender às necessidades reais da comunidade”, destaca o autor.

Mais do que vender, transformar

Empatia, cultura e propósito não são apenas tendências corporativas, mas ferramentas práticas de gestão que impactam positivamente o ambiente de trabalho, o relacionamento com o cliente e os resultados financeiros.

No varejo popular, quem aplica esses pilares consegue mais do que vender: consegue transformar vidas e comunidades.

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