Especialista defende liberdade de escolha e cuidados personalizados para mulheres maduras
Durante muito tempo, o cabelo curto foi quase uma regra não escrita para mulheres que chegavam aos 50 ou 60 anos. O comprimento longo era visto como algo exclusivo da juventude, enquanto a maturidade pedia cortes práticos e discretos. Mas esse cenário está mudando. Cada vez mais mulheres maduras têm desafiado o etarismo estético e escolhido manter — ou conquistar — cabelos longos, com ou sem o apoio do mega hair.
Para a especialista Ingrid Desirée, conhecida como Rainha do Mega Hair e referência em técnicas modernas de alongamento capilar, não existe idade máxima para usar mega hair. Segundo ela, o que realmente importa é a saúde dos fios e do couro cabeludo, além da escolha da técnica mais adequada para cada perfil.

“Beleza não tem idade. O que existe é o desejo de se sentir bem, de olhar no espelho e se reconhecer. Se o cabelo comprido faz parte dessa identidade, o mega hair pode ser um grande aliado, desde que aplicado com segurança”, explica Desirée.
Mais do que uma tendência estética, o alongamento pode ser uma ferramenta de autoestima para mulheres que enfrentam o afinamento natural dos fios com o passar dos anos. “Muitas vezes, a mulher não quer fios longos, mas deseja recuperar o volume que perdeu com a idade. O mega hair também pode ser aplicado em comprimentos médios ou curtos, apenas para preencher e revitalizar o visual. É uma ferramenta versátil e personalizada”, afirma.
Apesar disso, Desirée observa que, na prática, a maioria das mulheres 60+ que passam por seu salão não busca o mega hair como primeira opção, mas sim praticidade. “Elas querem liberdade. Desejam viajar, aproveitar a vida e reduzir os compromissos de manutenção no salão. O mega hair exige cuidados frequentes e um tempo de dedicação que, muitas vezes, já não faz mais sentido nessa fase da vida”, comenta.
Ainda assim, ela reforça que não há impedimentos. O que deve prevalecer é o estilo e o desejo de cada mulher. “O mega hair pode ser usado em qualquer idade, desde que o cabelo esteja saudável e a cliente esteja disposta a seguir os cuidados necessários. O importante é que a escolha seja consciente e faça sentido para o momento de vida de cada uma”.
Cuidados que não têm idade
De acordo com Desirée, fatores como queda acentuada, dermatite, psoríase ou alopecia severa precisam ser avaliados antes da aplicação, pois o peso e a tração dos fios podem agravar essas condições. “Cada cabelo tem uma estrutura e uma necessidade. As técnicas mais modernas, como Invisible, Nanopele Adesiva e adesivos escalados, são leves, confortáveis e perfeitas também para cabelos finos ou sensíveis, comuns em mulheres mais velhas”, explica.
Beleza sem regras
Para Desirée, o mega hair é uma ferramenta de expressão e autonomia. “A decisão sobre o comprimento do cabelo deve partir do que faz a mulher se sentir bem, não de padrões impostos ou da opinião de terceiros”, defende.
Em suas palavras, a idade não define o estilo. “A beleza não está no tamanho do cabelo, mas na confiança de quem o usa. Se o seu desejo é ter fios longos, vá em frente. Se preferir leveza e liberdade, aposte em um corte mais prático. O essencial é sentir-se bem e fiel a si mesma”.











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