Para muitos moradores da Zona Leste, principalmente os mais antigos, é difícil entender porque as estações de trem da CPTM, consideradas patrimônios históricos dos anos 50, 60 e 70, não foram preservadas.
Entre as perguntas que ficaram sem respostas estão: se o fato está relacionado à chegada do Metrô ao bairro, ou se para manter as paradas a Companhia de Trens Metropolitanos (CPTM) teria que desembolsar grandes quantias.
Inaugurada em 1924 e com sua estrutura parcialmente demolida em 2016, além de ser um ponto de encontro, a estação Vila Matilde tinha muitas particularidades. As plataformas de embarque e desembarque, por exemplo, chamavam a atenção por serem de madeira. De acordo com as informações, elas foram mantidas em uso até a sua desativação.
Historicamente, outro fato muito importante é que, durante a revolução de julho de 1924, a Estação Vila Matilde foi usada como acampamento para as tropas do governo.
A primeira reforma ocorreu em 1966, quando que deu ao espaço um novo complexo para abrigar a bilheteria. Com entrada pelo Viaduto Dona Matilde e sobre a linha de trem, o prédio ainda pode ser visto. Em 1988, uma segunda reforma deu à estrutura a cor amarela e a retirada de um terceiro desvio.
No ano 2000, com a entrada em operação do Expresso Leste da CPTM, a estação, assim como outras da Zona Leste, foi desativada. Após isso acontecer e com medo do abandono e degradações, moradores começaram a reivindicar a utilização do espaço.
Somente no ano de 2007 é que os responsáveis transformaram a antiga bilheteria em sala de exposições e galeria. Mas a ideia parece não ter dado muito certo. Em 2012 os trabalhos foram finalizados e nunca mais foram retomados.
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