Apesar dos esforços dos mutirões em Itaquera, a falta de zeladoria em parques e praças continua
Como já adiantado na edição anterior do Jornal Desenvolve Itaquera, a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente informou que já foi dado início ao processo para a concessão de 14 parques municipais.
Nesta primeira lista que consiste em ofertar à iniciativa privada a manutenção e zeladoria de alguns espaços verdes, encontra-se o Parque do Carmo. A novidade é que neste modelo serão ainda formados “combos”.
O que isso significa: que será estudada a possibilidade de que cada empresa concessionária que se comprometer com um desses 14 espaços, fique também com mais três ou quatro parques que não estão indicados e que estejam na mesma região do principal.
O que pode ser uma ótima para a região de Itaquera, pois poderão ser ajudados mais dois parques: o Rio Verde e o Raul Seixas. Enquanto não termina o processo da concessão, os parques continuam dentro do processo que vem acontecendo inicialmente na cidade com os chamados mutirões, como o que já aconteceu no Parque do Carmo, em parceria com entidades, prefeituras regionais e a ajuda da própria população.
Mas até agora o Parque Raul Seixas, que fica no Conjunto José Bonifácio, na Rua Murmúrios da Tarde, 211, não entrou na lista deste trabalho que vem sendo feito à parte, até que o processo de licitação para contratação da nova empresa que cuidará da manutenção dos espaços verdes termine.
INFRAESTRUTURA
O Parque Raul Seixas conta com quadras poliesportivas, quiosque, paraciclo, mesa de xadrez, sanitários, aparelhos de ginástica, lago, nascente, quadra de bocha e playgrounds. Na área do parque funcionam também a Casa de Cultura Raul Seixas e um Cecco.
No início do século XX, Itaquera e Lajeado participavam do progresso da cidade como fornecedores de frutas e legumes através de suas chácaras. Com o desenvolvimento da região e a intensificação do comércio de lenha, carvão vegetal e tijolos, desenvolveu-se um intenso surto populacional.
Chácaras foram loteadas e arruadas, transformando a fisionomia do bairro. As edificações hoje ocupadas pela administração do parque e pela Casa de Cultura são remanescentes da fazenda da família Morganti, que produzia carvão na década de 30. Atualmente, o parque representa a maior área verde junto à Cohab José Bonifácio.
Sua vegetação é composta por eucaliptal e áreas ajardinadas. Destacam-se a alameda de cedro-de-bussaco, abacateiro, amoreira, aroeira-mansa, goiabeira, jabuticabeira, jerivá, mirindiba-rosa, nespereira, pau-brasil, quaresmeira e sibipiruna.
Das 30 espécies de fauna observadas, 26 são aves, a exemplo de: beija-flor-tesoura, avoante, anu-branco, sabiá-poca, sabiá-do-campo, canário-sapé, piá-cobra, joão-de-barro e pintassilgo. O pica-pauzinho-verde-carijó e o arredio-pálido são aves endêmicas da Mata Atlântica e as migratórias, estão representadas pelo suiriri e a tesoura.
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