Durante a minha prática de cura espiritual, aprendi muito sobre a importância da compaixão.
A compaixão foi o tema do simpósio deste ano, intitulado: “Cuidar do Espírito Humano”, realizado em Chicago. Patrocinado pela Rede de Capelania na Área da Saúde. Os palestrantes deste ano focaram o importante papel que a compaixão desempenha no cuidado ao paciente. Realizado no Sheraton Grand Hotel, o simpósio contou com a participação de 300 capelães de hospitais, casas de repouso e asilos, de enfermeiros e assistentes sociais, como também, via vídeo conferência, teve a participação de profissionais de vários países.
De acordo com a Rede de Capelania na Área da Saúde, 87% dos pacientes consideram a espiritualidade importante em sua vida; além disso, segundo outra pesquisa, 72% dos pacientes declararam que receberam pouco ou nenhum apoio espiritual por parte da equipe médica. Para remediar isso, o Dr. Harold Koenig, médico da Universidade Duke, afirma que os pacientes necessitam de cuidado espiritual genérico por parte de médicos, enfermeiros, assistentes sociais etc., e também de especialistas em cuidado espiritual: capelães com certificado (aqueles que completaram o mestrado em Teologia ou seu equivalente em uma área relevante para a capelania profissional).
De acordo com a Rede de Capelania, “capelães acreditados buscam oferecer cuidado espiritual a pacientes de todas as tradições religiosas, assim como aos que não têm nenhuma religião. Uma norma ética explícita da capelania profissional é que os capelães acreditados procurem conectar o paciente, a família do paciente ou alguém da equipe médica, ao seu referencial espiritual, não impondo nem fazendo proselitismo de qualquer tradição específica, religiosa ou espiritual.”
Os palestrantes no simpósio deste ano enfatizaram a compaixão e seu valor na ajuda a pacientes hospitalizados ou doentes terminais. Vários palestrantes definiram a compaixão como a capacidade de não somente atender à experiência dos outros, mas também de prestar ajuda. Shane Sinclair, PhD, coordenador de cuidados espirituais no Centro Tom Baker de Câncer, na Universidade de Calgary, disse: “Compaixão é tentar compreender o outro e agir de acordo com essa compreensão.”
Os participantes me contaram como eles descobriram que a compaixão é um redutor de estresse; que seu trabalho é uma jornada espiritual com o paciente e sua família; e que a compaixão traz a luz naturalmente, um grande senso de amor, de cuidado, de dignidade e graça, e isso é sentido pelo paciente e pelos membros de sua família. Depois de participar desse simpósio, lembrei-me da frase: “Um diamante é apenas um pedaço de carvão que suportou o estresse excepcionalmente bem.” Fiquei muito feliz por conhecer esses maravilhosos e dedicados capelães, enfermeiros e assistentes sociais, cada um deles um brilhante exemplo da Regra Áurea ensinada por Jesus: “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles.”
SERVIÇO
Thomas Mitchinson escreve sobre a relação entre o pensamento, a espiritualidade e a saúde; integra o Comitê de Publicação da Ciência Cristã para Illinois, EUA. Contato no Brasil: brasil@compub.org.
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