O feriado de 1° de maio deste ano ficará marcado por uma grande tragédia. Por volta da 1h30 da madrugada de segunda para terça, o Edifício Wilton Paes de Almeida, de 24 andares, localizado no Largo do Paissandu, na região central da cidade, pegou fogo e desabou.
Ocupado de forma irregular por cerca de 250 famílias (a Prefeitura afirma que eram 150), o edifício foi sede da antiga Companhia Brasileira de Vidro e abrigou as sedes dos INSS e da Polícia Federal. Projetado na década de 1960, pelo sírio-brasileiro Roger Zmekhol, era tombado pelo Patrimônio Histórico e, desde 2002, pertencia à União.
A causas do acidente serão investigadas mas, de acordo com as primeiras informações, o fogo teria começado no quinto andar da edificação.
O problema das ocupações irregulares pode ser visto em várias regiões da cidade. Em Itaquera, a obra de um prédio de moradias na Avenida Harry Dannenberg não foi pra frente e acabou sendo abandonada pelos seus responsáveis, ficando conhecida como “esqueleto”.
Há cerca de alguns anos, ele foi tomado por inúmeras pessoas, que invadiram alguns andares e construíram suas residências de forma muito precária, utilizando, inclusive, divisórias de madeira.
Quem passa pela Avenida Harry Dannenberg consegue ver bem os andares invadidos e os riscos que as pessoas correm.
Assim como aconteceu com o Edifício Wilton Paes de Almeida, qualquer foco de incêndio pode se alastrar de forma muito rápida, devido à grande quantidade de materiais inflamáveis, instalações elétricas precárias e botijões de gás.
O Jornal Desenvolve Itaquera já chamou a atenção em sua edição física, para o problema. Com a tragédia ocorrida na madrugada deste 1° de maio, a equipe deixa aqui uma pergunta ao poder público: até quando as autoridades vão fechar os olhos para os problemas da região? Vai esperar acontecer uma tragédia, como a ocorrida no prédio que ficava no Largo do Paissandu? Estamos de olho.
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