Faltam poucos dias para a mais tradicional corrida de rua da América Latina. Em 2019, a São Silvestre chega a sua 95ª edição e encerra o calendário do atletismo no Brasil com uma grande festa na capital paulista, reunindo mais de 35 mil atletas profissionais e amadores, em seus 15 km de percurso.
O calor do verão e a subida da Avenida Brigadeiro Luís Antônio podem assustar quem já se inscreveu, mas há outros detalhes que requerem atenção, principalmente, para os iniciantes na prova, conforme explica o ortopedista Emerson Garms, coordenador do Centro de Ortopedia Especializado do Hospital Santa Catarina, e especialista em Traumatologia do Esporte.
“A preparação ideal exige pelo menos três meses, com orientações médica e nutricional, acompanhamento de educador físico e treinos regulares”. E para evitar lesões de última hora, ele indica: “nada de corridas longas, faça alongamento, durma e se alimente bem.”
Durante a prova, roupas e calçados com amortecimento, próprios para o pedestrianismo, leves e arejados, são fundamentais para enfrentar as ruas e ladeiras de São Paulo.
Os corredores também não podem esquecer de ingerir líquidos. “A hidratação é primordial. Outra dica é correr no ritmo que treinou. Se não estiver preparado ou se ficar cansando demais, caminhe e aproveite a festa, sem se preocupar com o tempo”, explica Emerson.
Na São Silvestre, as lesões mais comuns são musculares, tendinopatias (tendões) e fraturas por estresse, com maior incidência nos quadris, coxas, joelhos e pernas.
“Uma preparação inadequada é a principal causa para essas ocorrências, ainda mais em atletas amadores, pois é uma prova difícil e longa”, concluiu o especialista.
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