Bibliotecas como lugar de inclusão

A presença da Inteligência Artificial, da realidade virtual e aumentada, da impressão 3D e de outras tecnologias já faz parte do nosso cotidiano. No entanto, as bibliotecas permanecem firmes em nossas comunidades, oferecendo acesso a literatura, jornais, revistas, histórias em quadrinhos e uma variedade de atividades culturais.
Apesar disso, é evidente a necessidade de maior investimento em campanhas de aproximação promovidas pela Secretaria da Cultura. Tais iniciativas visam quebrar os paradigmas que limitam o acesso às bibliotecas apenas a intelectuais ou leitores ávidos.
Um erro considerável permeia esse cenário. Muitos desconhecem a existência de bibliotecas em seus próprios bairros, e mesmo quando cientes, sentem-se constrangidos em frequentá-las. Essa barreira é, em parte, resultado da negligência do poder público em promover a inclusão. É fundamental que espaços onde se busca conhecimento estejam abertos e acessíveis a todos, inclusive aos familiares de estudantes de escolas públicas em situação de vulnerabilidade.
Urge, portanto, a distribuição equitativa do saber. Embora temas como saúde, educação, emprego e assistência social sejam prioritários, é crucial que as pessoas estejam bem informadas para tomar decisões conscientes sobre essas questões. As bibliotecas não podem ser exclusivas de determinados grupos sociais, demandando esforços conjuntos de todas as esferas da sociedade para garantir seu acesso universal.
É preciso refletir sobre o risco de uma queda na leitura e na escrita, especialmente com a predominância de conteúdos audiovisuais e a redução do uso de texto nas redes sociais. Embora a diversidade de mídias seja válida, é fundamental preservar a qualidade da linguagem e do pensamento, estimulando o desenvolvimento de habilidades de escrita e argumentação.
Portanto, é fundamental valorizar não apenas a forma, mas também o conteúdo e as ideias, incentivando a utilização das bibliotecas como espaços de aprendizado e inclusão para todos.

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