A Secretaria de Estado da Saúde (SES) reforça a importância do parto normal como opção mais segura e saudável para as gestantes e seus bebês. Nesse sentido, o governo de São Paulo decidiu pagar um valor 400% superior ao estabelecido pelo Ministério da Saúde, visando incentivar a realização do procedimento em santas casas e entidades filantrópicas com convênio pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
Desde janeiro deste ano, houve atualização dos valores pagos pelo programa Tabela SUS Paulista. Anteriormente, a remuneração estabelecida para parto normal era de R$ 443,40, agora ajustada para R$ 2.217,00, enquanto para cesarianas o valor aumentou em 300%, passando de R$ 545,73 para R$ 2.182,92. Vale destacar que mesmo com o aumento no parto cirúrgico, o parto normal está sendo mais valorizado, refletindo o incentivo do Estado na prática de partos naturais.
Em todo o Estado foram realizados 156.578 partos normais e 152.922 cesarianas em 2023, todos pelo SUS. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), apenas 15% dos partos deveriam ser realizados com intervenção cirúrgica, porcentagem que se refere aos casos em que a mãe e o bebê correm risco, tornando a cesárea indispensável. Com o novo incentivo pago pela pasta aos hospitais filantrópicos, a perspectiva é que o número de partos normais nessas instituições aumente proporcionalmente, em relação às cesáreas.
O coordenador da Saúde da Mulher da SES, Edmund Baracat, explica que, atualmente, o parto normal pode contar com medidas para aliviar o desconforto e traz como principais benefícios menor risco de infecção e de mortalidade materna, maior disposição e respiração mais leve do bebê ao nascer, e menor tempo de recuperação da puérpera.
Pensando na recuperação mais ágil, Beatriz Rabelo, de 28 anos, optou pelo parto normal e foi uma das beneficiadas pela Tabela SUS Paulista, dando à luz na Santa Casa de Francisco Morato. A mãe de Dominic Rabelo Mendes, com cinco dias de vida, e de Diana Rabelo Mendes, de 4 anos, teve os dois filhos de forma natural.
Ouvindo os relatos de parentes que haviam passado pelos dois tipos de partos e contavam suas experiências, destacando maior dificuldade de recuperação pós-cirúrgica na cesariana, Beatriz se sentiu encorajada para seguir com sua decisão inicial e o marido, Wesley, a incentivou.
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