Audiência pública promovida por requerimento do vereador Alessandro Guedes cobra diálogo, negociação justa e proteção à moradia de famílias de baixa renda

A Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa (CCJ) da Câmara Municipal de São Paulo deliberou nesta quinta-feira (16) pela solicitação oficial de suspensão dos leilões de imóveis vinculados ao Fundo SPDA (Sistema Paulista de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), administrado pela Cohab-SP. A medida foi resultado de audiência pública convocada pelo vereador Alessandro Guedes (PT) e busca impedir que famílias em situação de inadimplência percam seus imóveis sem negociação.
“A luta por moradia é a luta pela dignidade das famílias trabalhadoras. Vamos seguir firmes para impedir que lares sejam tomados por falta de diálogo ou por processos injustos”, afirmou Guedes, que é membro da CCJ.

Durante a audiência, 19 moradores e representantes de movimentos de moradia relataram situações de risco iminente de leilão. Os depoimentos evidenciaram o impacto da crise econômica, do desemprego e da ausência de alternativas viáveis de renegociação. “Queremos parcelas que caibam no bolso. Não somos inadimplentes de má-fé”, declarou Gabriel Gonçalves, do Movimento Reaja Cohab.

A vereadora Sandra Santana (MDB), presidente da CCJ, garantiu empenho do colegiado: “Se for preciso mudar a lei, mudamos. O importante é garantir o direito à moradia”.
O ofício à SPDA será enviado nesta sexta-feira (17), solicitando a paralisação dos processos até que novas políticas de renegociação sejam estabelecidas. O presidente do SPDA, Hélio Mendes, e o presidente da Cohab-SP, Diogo Soares, participaram da audiência e se colocaram à disposição para buscar soluções conjuntas com o Legislativo.

“Moradia é direito, não mercadoria”, finalizou Alessandro Guedes, reafirmando o papel do Parlamento como defensor das famílias paulistanas.











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