A busca pela explicação da origem do mundo sempre apresentou disputas entre a filosofia, a religião e a ciência.
Importantes estudos apresentaram respostas aos questionamentos sobre a existência em geral, o ser, a substância, a matéria e a realidade.
Aristóteles examinou o “ser enquanto ser” e demonstrou seus estudos no conjunto de obras denominado Metafísica. Segundo o filósofo, só se conhece algo na medida em que se descobre sua causa e seu princípio e os relaciona ao conceito de substância.
Ao longo da história, filósofos, teólogos e cientistas aceitaram, evoluíram e criticaram os conceitos existentes, mas não chegaram a um consenso. Na ciência, novas descobertas têm acontecido, mas a grande questão sobre a origem e a substância de todas as coisas continua em aberto.
O químico Rosendo Augusto Yunes, pesquisador sênior da Universidade Federal de Santa Catarina, junto ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), afirma: “No fundamento da realidade, encontramos relações numéricas, princípios não materiais. A base do mundo é não material”.
Quando penso nessa afirmação, retorno ao conceito de substância. Sendo a base do mundo não material, então qual é sua substância?
Como estudante da Ciência Cristã, aprendi que a fonte das ideias é a mente divina e toda a substância é espiritual. Isso me faz refletir constantemente sobre a existência.
“É chegada a hora dos pensadores. A verdade, independente de doutrinas e sistemas consagrados pelo tempo, bate ao portal da humanidade”, escreveu Mary Baker Eddy, autora do livro Ciência e Saúde. Como teóloga, escritora e professora, ela propôs um método de estudo semanal que permite a reflexão sobre vários temas: Deus, Espírito, o homem, a realidade, a substância, a matéria, entre outros. A leitura da Bíblia e de Ciência e Saúde possibilita encontrar respostas inspiradas que atendem ao anseio individual.
Esse método de estudo individual da metafísica divina permite que cada um exerça o papel de pensador na busca de respostas aos seus anseios, que seja movido pela liberdade de consciência e pelo desejo de conhecer as ideias inspiradas da Bíblia.
São as ideias inspiradas que permitem o diálogo entre profissionais. Em todas as situações, o diálogo sempre pode levar a um acordo ou a uma conclusão plausível. Quanto mais abertura por parte dos especialistas, melhor eles poderão dialogar para encontrar pontos que conectem a filosofia contemporânea, a teologia e a ciência.
SERVIÇO
Ana Carla Vicencio integra o Comitê de Publicação da Ciência Cristã e escreve reflexões sobre a espiritualidade. E-mail: brasil@compub.org. Twitter: @AnaCVicencio.
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